ESSA TERRA

Izaías Veríssimo de Castro – 02/06/2020

Pó, poeira, solo, subsolo...

Tanto nome, tanto imbróglio

Tudo é terra, tudo é terra!

Branca, amarela, vermelha

Caroçuda como grânulos de areia

Fininha, batida, solta, solta ao vento

Tão solta que esvoaça como fumaça

Que aos meus olhos ofusca

O singular vôo da deslumbrante garça

Que pro recanto de descanso, lá no alto passa

Rumo às margens floridas de um lago azul

Entre as colinas onde “deita" o sol

Essa terra onde se pisa e o rastro fica

Que por fé nela cruzes se afincam

Joelhos se dobram, mãos se elevam

Em prece, olhos se fecham

E com Deus a alma conversa

Essa terra que embebe a água

E com misturas se petrifica

Que minha casa “edifica”

Essa terra onde tudo se frutifica

Onde tanta espécie habita

Essa terra, que dela uns logo vão

Outros tanto tempo ficam

Essa terra, toalha do meu cão

Essência pros meus versos

Nela se nasce, nela se vive

E nela tudo se encerra

Essa terra... Essa terra...

O berço do sono eterno

Záias Castro
Enviado por Záias Castro em 02/06/2020
Reeditado em 02/06/2020
Código do texto: T6965842
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