Crise no caminho até a lua.

Daqui pra lá ela vai nascer

Enquanto eu conto um, dois, três

Até desaparecer

Ansiedade assim como a lua... Só a crescer

Queria caminhar

Ao banho do luar

Mas prisão de falso brilho

Eu tenho de aceitar

Há o perigo intenso

No meio do caminho

Pela rua que eu não ando

Pois só sol se diz digno

Ela encobre os meus sonhos

Enquanto passa ao meu lado um risonho

Fato, qual ato? Um barulho estranho

És meu coração? Meu pensamento ou um discreto arranho?

Na parede da minha cabeça

Ideia que permanece presa

Sabendo que a lua rescende beleza

Vem em mim a tristeza

Pele gelada enquanto escuto pobrezas

Saindo de jaulas peço que não se esqueça

Não é que eu mereça

Mas o brilho dela é uma riqueza

Fazendo de conta que o coração tá devagar

No meio da noite, minha alma à vagar

Eu não pertenço ao meu corpo

Preces pro meu riso morto

E se amanhã eu acordo

E a lua vir a decadência?

Será que até o sol

Terá sua essência?

Kai Czornei 10/03/20

Kai Czornei
Enviado por Kai Czornei em 11/03/2020
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