Velho Chico
Velho Chico
Nasce no mato mineiro,
Matuto, acanhado e cabreiro
Nasce um trocinho, pitititinho,
Fala uai e cresce ligeiro.
"Bitelo", corta Estados,
Estradas e sertões.
Parece não ter fim esse mundão,
De água,
De coisas ,
De gente,
Que dele alimenta,
Gerando energia,
Água que sustenta,
Ao pobre ribeirinho sofrido,
Ou ao rico matreiro.
Todos carece das águas
Do velho rio, Chico mineiro.
É uma "belezura" de se ver,
Todos os dias é diferente
Os olhos "ispia" à tardinha
Onde o sol gosta de esconder.
Em sua margem fizeram moradas
Caboclo, cafuzo e mulato.
E eu caipira que não sou bobo nem nada,
Também fiz minha casinha,
Pra mode de lá,
Onde os peixes "sarta", Onde os peixes mora,
Fiz uma choupana em Pirapora.
Onde o Chico vira mar,
Um mar tão grande...
Que em suas águas,
Posso" inté" navegar.
Em teu leito navega sonhos, amores e canções,
De um rio que morre nas águas,
De um rio que renasce no mar.
Uma Mulher Vestida De Sol.