Menino Alencar.

Pôs-se a dormir nos braços de uma árvore.
Não se importou com o cair da noite.
Mais tarde veio uma coruja e lhe acariciou.
Em seguida um esquilo, e se aninhou ao seu lado.
Ele sabia ser grato pela vida.
Sabia que não teria outra chance.
Alencar era menino de roça.
Vida dura e sofrida.
Sua alma era grande que tocava o céu.
Alencar, viveu e morreu.

Chorou a natureza.
A árvore já não o tinha mais.
Sentiu-se triste a coruja.
Depressivo ficou o esquilo.
Quantas saudades deixou o Alencar.
Menino que sabia viver, menino que morreu feliz.
Até hoje deixa saudades.
Mas a natureza não chora mais a sua perda.
Ela sabe que o espírito nunca morre.
No céu está Alencar, vivendo feliz na eternidade.