RIO GUANDÚ (POESIA)

RIO GUANDÚ (POESIA)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Navegar rio a dentro numa canoa ou balsa remando,

Pra dentro da sua represa derivando a distante extensão,

Sobre a sua profundeza a sua grande profusão que a vai levando,

As margens servidas dos matagais fazendo como de contenção.

Na passagem pelo bairro de Seropédica volumando a cada transcrição,

A sua forte correnteza pelo que está a seu interior pra carregar,

Dos afluentes Rio São Francisco ou Rio da Guarda a coligação,

Rio Guandú Mirim como de outro afluente a levar as suas águas a desembocar no mar.

Dos pescadores que passam o dia todo dispostos a pescar,

Das bombas que fortalecem na sua força para o abastecimento de locomoção,

As comportas fechadas ou abertas reforçam os lençóis as bicas jorrar,

Como dos banheiros para quem higiênico pensa todo fim do dia um banho tomar.

Dessas águas que servem para com sede vir a fim de beber,

Das panelas cheias de alimentos colocadas nos fogos para cozinhar,

Das aguardentes dos bares diluentes das novidades que estão por se conhecer,

Paradeiros das amizades pelo ponto, ou porre certo que coincidem em se encontrar.

Paraíba do Sul e Paraibuna outros que desembocam neste Rio fazendo as suas porções aumentar,

Com a nascente no interior do estado de São Paulo do que vem a transcorrer,

Cidades após cidades até este rio a que dispara mais correnteza do topo transvasar,

Das suas algas naturais que geram flores, e limos como comida que o peixe vem pegar.

Passa por Ribeirão das Lages na hidrelétrica energética para a cidade iluminar,

Da usina a mega-hertz as megalópoles que dependem da sua funcionalização,

Dos banhos dos dias de calor que um banhista visita para se refrescar,

Das suas toalhas de banho usadas para bronzear e até mesmo se secar.

Gigogas, golfos, mariscos dos aquários dos peixes para ornamentar,

Locas dos refugiados caranguejos ou goiamus, ostras ou camarão,

Capivaras, quatis, jacarés, onças compondo esta fauna a desatar,

Um habitat de diversidade universidade que próxima fica a endereçar.

Da antiga extinta cidade de São Marcos inundada a usina que a foi transformar,

Passando pelos descampados as direções das suas curvadas transposições,

Cortando caminhos distantes pelos verdes florestais das atlânticas matas a par,

Das estradas que a ligam localidades metropolitanas de lugar a qualquer lugar.

A fazer de suas passagens por debaixo dos inúmeros viadutos e pontes,

Enchentes que transbordam sombras e sobras as varreduras das evaporações,

Subterrâneos a minar águas afluentes das suas insaciáveis fontes,

Paradeiro de cais estacionamento dos veículos ou das embarcações.

Itinerário passantes as viagens por suas infindáveis adjacências,

Dos seus braços fluentes dos lagos e lagoas como de poças d’água a formar,

Arcos a traços pelo seu uso expostos as carregadas ou de carreatas conveniências,

Do Rio Guandú a toda servidão das vidas a que vem formar, sustentar e alimentar.

Do Canal São Fernando da sua liga estando disparado a irrigar,

Do Canal São Francisco a cada cisco que no ar está a vagar,

De parte do Município ou estado do Rio de Janeiro que depende da sua contemplação,

Das nascentes vazantes para as adutoras fazendo a sua igualitária distribuição.

Afluentes Rio Queimados, Guandu-Mirim, São Pedro, Piranema, Santana, Rio Santo Antônio, a ligação,

Dos dutos que levam águas as bicas e chuveiros para o uso de ofício, ou doméstico de cada lar, ou estação.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 12/10/2018
Reeditado em 15/03/2019
Código do texto: T6474182
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