URUCUEIRO

Urucueiro,

fino madeiro,

o teu fruto cai às margens do ribeiro.

Logo eu, que havia separado as sementes do castanheiro!

Peguei o pote de tinteiro,

para extrair a tinta do teu fruto, urucueiro!

Um vermelho selvagem e guerreiro,

bem familiar, bem caseiro.

A minha refeição será influenciada

pela tinta temperada.

É de grande utilidade para essa gente!

Avermelha ainda mais o poente.

Urucueiro,

não pode prosseguir o forasteiro

sem pegar alguns frutos do teu madeiro.

Levarei as mudas do arvoredo, lá para as bandas de Cachoeiro!

Urucueiro,

o teu fruto é comestível,

o tempero é irresistível;

que tenha uma fecundidade próspera aqui no teu viveiro!

-Gabriel Eleodoro

Rio de Janeiro, 18 de julho de 2000.

Gabriel Eleodoro
Enviado por Gabriel Eleodoro em 11/02/2017
Código do texto: T5909769
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