O JARDINEIRO
Faz tempo, figura difícil de achar
Talvez que, nem tanto, comum encontrar,
Aqueles que zelam por nossos jardins,
No entanto, num dia, veio prá mim:
Ancinho nas mãos, chapéu e roupão.
Lá vem jardineiro olhando pro chão.
Não pensa nas pedras, espinhos ou frio
Das flores entende, as rega do rio!
Eu vi se achegando, canteiro, um a um
Cuidando, varrendo podando sem dó,
Té que, muito atento, sentiu movimento,
Nas folhas diversas parou de mexer.
Seria um coelho, inseto ou gatinho?
Olhou com cuidado o seu trabalhar.
E todos ficaram naquele suspense...
E uma borboleta se pôs a voar!