PARA AS ÁRVORES
Levanto da minha rede,
e vejo que vocês nunca estiveram assim, tão verdes!
Nesse meio há um novo ambiente,
que se semeia dentro da gente.
São a minha segunda casa.
Sou um hóspede dessa várzea!
Não quero me apoiar mais no mármore,
prefiro descansar à sombra de uma árvore!
Vou viver para protegê-las.
Essas frutas, vou comê-las.
Acabam com os parasitas, os formigões;
montam a guarda para essas formosas flores, os zangões!
Estão do mesmo jeito, desde que Deus lhes criou!
É triste perceber que o homem jamais honrou.
Mas anseio que vocês sejam sempre as minhas amigas,
pra que eu passe todo o tempo, embaixo de vocês,
escrevendo inúmeras cantigas!
-Gabriel Eleodoro
Rio de Janeiro, de 25 a 26 de setembro de 2002.