PARA AS ÁRVORES

Levanto da minha rede,

e vejo que vocês nunca estiveram assim, tão verdes!

Nesse meio há um novo ambiente,

que se semeia dentro da gente.

São a minha segunda casa.

Sou um hóspede dessa várzea!

Não quero me apoiar mais no mármore,

prefiro descansar à sombra de uma árvore!

Vou viver para protegê-las.

Essas frutas, vou comê-las.

Acabam com os parasitas, os formigões;

montam a guarda para essas formosas flores, os zangões!

Estão do mesmo jeito, desde que Deus lhes criou!

É triste perceber que o homem jamais honrou.

Mas anseio que vocês sejam sempre as minhas amigas,

pra que eu passe todo o tempo, embaixo de vocês,

escrevendo inúmeras cantigas!

-Gabriel Eleodoro

Rio de Janeiro, de 25 a 26 de setembro de 2002.

Gabriel Eleodoro
Enviado por Gabriel Eleodoro em 20/09/2016
Reeditado em 20/09/2016
Código do texto: T5766843
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