SERRA AZUL

Passada a grande chuva,

no céu brilhava a doce lua,

e o vento dispersava as nuvens escuras.

As ruas se secavam.

Pássaros noturnos se aninhavam.

E as crianças conversavam e brincavam.

De repente, atrás da serra,

como numa mágica inesperada,

subiam leves e lentas névoas!

De uma cor tão genial!

Um azul sem igual!

E o verde, deixava de existir!

Serra azul, cor preciosa!

Formosa e misteriosa!

Uma paisagem gloriosa.

Que visão gostosa!

Fiquei namorando o belo efeito.

Sem incerteza e sem medo!

Ela não escondia nenhum segredo.

E se escondia, não podia descobrir!

Pois estava no seu direito.

Vi a natureza de uma cor única.

Não vi névoas sombrias e nem nuvens escuras!

Mas vi arbustos azuis!

Vi flores azuis!

Vi pássaros azuis!

Vi vários animais azuis!

Vi casebres azuis!

E toda a estrada serrana, azul.

Uma cor tão genial!

Eu quis que fosse imortal!

Será que eu verei de novo

o seu azul sensacional?

Queria que todas as névoas fossem assim.

E que nunca tivesse fim

essa magia azul!

Eu queria que todas as névoas fossem assim.

E que nunca tivesse fim,

essa beleza azul!

- Gabriel Eleodoro

Rio de Janeiro, de 05 a 07 de fevereiro de 1998.

Gabriel Eleodoro
Enviado por Gabriel Eleodoro em 09/07/2016
Código do texto: T5692036
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