Dias de Junho
A aldeia do mar
A maré cheia
Balanço do mar
Na juventude do sol
Encarar a fronte do sol
Rolar de todo coração
Batizando as estrelas
Constelações
Na fogueira de
São João
Consagrando a poesia assimétrica
Do teu caminho de frio
A verdade no colo do beijo do filho
É o próprio vazio
E os velhinhos amiúdes
Banhados de Deus
Seus cigarros queimando
O fumo ateu
Animais, signos, atos
Na tela que é meu estado
Só aos coqueiros permitiu-se olhar
Eles no silêncio inócuo, sem paladar
Deles nascendo as palavras
Indagação do poeta
Em qual vida, se há?