Singeleza da Lua
É a maior constante da vida,
Nos céus paira nebulosidade,
Diante da calmaria da lida,
O silêncio de sua notoriedade.
O toldo da terra fica sinistro,
Os pontos brancos no lumiar,
Ficam no meu singelo registro,
Que tal beleza é assaz invulgar.
Alega que o firmamento,
Não se vislumbra mais belo,
No coração lhe traz alento,
O céu e seu cinzento novelo.
Felinos miam e caninos uivam,
Contemplando na fria rua,
Do que os ancestrais rezavam,
A esplendorosa nudez da lua.