ABELHINHA NERVOSA


Uma abelhinha pequena
De uma beleza tamanha
Mostrou-me com seu lema
Que perseverando no trabalho
Remove-se montanha

Numa flor  nascida do lixo
Descontraida ela colhia o pólen
Com sua sábia maestia
Nutridos por fezes de bichos
Cofigurava-se  um milagre e  magia

Na obra de Deu quanta  sutileza
Pode-se ver todo o dia
Através da mãe natureza
De uma flor tira-se com magia
O mel puro com seu doce sabor


Um ser tão singelo
Extraindo da uma  flor
Néctar cor e perfume
Elementos  tão belos
De um monte de estrume...


Encantado pela flor
Encurvei querendo apanhá-la
Mas a operária nervosa
Encheu de furor
Atacou-me por  mal,tratá-la

Vi milhares de estrelas
Contorci-me de dor
Com seu terrível veneno
Injetado na mão
Um ser tão pequeno

Me deu uma bela lição
Bem feito, eu desocupado
É como no ditado se diz
Aonde não foi chamado
Vai mais... Meter o nariz!







 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 06/01/2015
Reeditado em 31/08/2020
Código do texto: T5092703
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