NUVENS QUE SE AUSENTARAM
O céu azul predomina desde o alvorecer,
E as esperanças vão se dissipando,
Gotinhas condensadas nas nuvens,
Deixam de cair na estação apropriada.
Os mananciais vão secando aos poucos,
Reservatórios imensos perdem seus volumes,
E as preocupações com possíveis tragédias,
Podem acontecer se não haverem as reversões.
Água potável jorrando em abundância,
Banhos demorados para atenuar os cansaços,
Donas de casas que regavam até suas plantas.
Agora preocupadas pensam no futuro dos filhos.
Fenômenos climáticos nunca acontecidos,
São as razões que agora buscam justificarem,
Como se culpas não existissem no homem insensato,
Poluidor da atmosfera causando o efeito estufa.
Gerados por gases poluentes e destruição das matas.
Cadê as nuvens que se formavam aos poucos,
E depois em turbulências provocavam as chuvas,
Dando vida às plantas e os rios se avolumarem,
Formadores dos mananciais e enchendo represas?
Nuvens esparsas aqui e ali não se aglutinam,
Perdem suas forças para provocarem tempestades,
Indo embora por paragens que desconhecemos,
E suas lágrimas que deveriam regar solos ressequidos,
Não caem mais até quem sabe a primavera surgir.
27-06-2014