O FIM

O FIM

Súbito

Tudo se acinzenta

O céu em decúbito

Desaba em tormenta

A água fluída e em pedra

Medra

Mostra quem manda

Por estas bandas

Traz junto o vento

Sedento

De mostrar sua fúria

Punindo a incúria

E os homens

Ditos inteligentes

Se consomem

Em clemencias por suas gentes

ELE os ignora

Pois sabe que na próxima aurora

Já terão esquecido

O que foi destruído

Fruto de sua negligência

Com Gaia que é sua residência

E deixa-os a própria sorte

Sabe que estão cavando

A própria morte

Com sua aventura

Em busca da desventura

Vão ser varridos

Cuspidos do planeta

E já se ouve ao longe

O som de trombetas

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 19/11/2013
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