O VENTO A BALANÇAR! ...
Olha a palha do coqueiro
Quando o vento dá
Olha o tombo do navio
No meio do mar
Olha o nome do meu amor
Nas ondas a surfar!
Anoitece após o por-do-sol
Vê-se a lua com sua luz
Prateada a clarear
Na escuridão da noite
Veem-se as estrelas
No céu a cintilar!
Sente-se o vento a soprar
Com velocidade e açoite
Assaltam-me sentimentos
De dolorida saudade
Apertando o meu coração
Que pulsa dolente
Ansioso por meu amor
Encontrar sem ser em vão ...
... Cai sobre mim uma tristeza
Ao lembrar-me e sentir
A ausência do meu
"Bem-querer"
Faz-me falta sua presença
E a sua beleza não ver
Que para distante se foi
Rolando como fosse
Das águas do rio a correnteza
Vi quão linda, potente
E capaz é a natureza
É saudoso e comovente
Como o canto da sereia
Quisera poder em busca
Dele ir
Na esperança de o encontrar
Percorriria antes as praias
Pisando confortavelmente
Suas areias
Ou embarcando nas águas
Até o alto mar
Contemplando as suas ondas
Que vão e vem sem parar
Farei uma confiante prece
Ao Senhor
Por ser o grande Espírito
Reinante do universo
Que ouvindo a minha súplica
Em poéticos versos, atenda
O meu pedido
Fazendo-o voltar para comigo
Viver novamente e para sempre
Na nossa humilde tenda!
Otoniel Costa Poeta