O VENTO A BALANÇAR! ...

Olha a palha do coqueiro

Quando o vento dá

Olha o tombo do navio

No meio do mar

Olha o nome do meu amor

Nas ondas a surfar!

Anoitece após o por-do-sol

Vê-se a lua com sua luz

Prateada a clarear

Na escuridão da noite

Veem-se as estrelas

No céu a cintilar!

Sente-se o vento a soprar

Com velocidade e açoite

Assaltam-me sentimentos

De dolorida saudade

Apertando o meu coração

Que pulsa dolente

Ansioso por meu amor

Encontrar sem ser em vão ...

... Cai sobre mim uma tristeza

Ao lembrar-me e sentir

A ausência do meu

"Bem-querer"

Faz-me falta sua presença

E a sua beleza não ver

Que para distante se foi

Rolando como fosse

Das águas do rio a correnteza

Vi quão linda, potente

E capaz é a natureza

É saudoso e comovente

Como o canto da sereia

Quisera poder em busca

Dele ir

Na esperança de o encontrar

Percorriria antes as praias

Pisando confortavelmente

Suas areias

Ou embarcando nas águas

Até o alto mar

Contemplando as suas ondas

Que vão e vem sem parar

Farei uma confiante prece

Ao Senhor

Por ser o grande Espírito

Reinante do universo

Que ouvindo a minha súplica

Em poéticos versos, atenda

O meu pedido

Fazendo-o voltar para comigo

Viver novamente e para sempre

Na nossa humilde tenda!

Otoniel Costa Poeta

J Otoniel Poeta
Enviado por J Otoniel Poeta em 25/10/2013
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