POETA DA CHUVA

Vejo um lampejo lá longe,

Nuvem formando em rebojos,

E os pingos de chuva caem,

Na terra sedenta por água.

As gotas engrossam de vez,

E num retemperar de energias,

As plantas parecem sorrir,

Sabendo que as flores brotarão.

Os ventos uivantes cessam de vez,

E a calmaria toma conta do campo,

Com os pássaros em revoadas festivas,

Buscando alimentos para seus filhotes.

É a natureza se recompondo feliz,

Depois de duras jornadas ardentes,

Onde a terra ressequida e sem vida,

Não deixava brotar nem a pequena flor.

Flor que vai abrindo feliz suas pétalas,

Mostrando suas belezas adormecidas,

Que agora não vão mais entristecer,

E a chuva pródiga em tão boa hora chegou.

Poeta das chuvas que agora está feliz,

Vendo a natureza toda revigorada,

E os rios pequenos que pareciam dormir,

Agora ganharam volume e correm ligeiros.

15-07-2013