ABISMOS E MONTANHAS

A alma é um abismo profundo, temos que descer para vermos o mundo.

Como o homem pode querer sondar o Universo, se desconhece os seus próprios abismos. Não conhecemos o mundo, nem os abismos profundos da alma; há animais não encontrados vivendo nos abismos inexplorados pelo ser humano.

...

O abismo não revela a luz, ela se desfaz no inconsciente, na miragem dos sentidos da visão do umbigo do mundo.

Profundo intocável é o seu silêncio, insolvável no infinito tão belo e assustador de suas paragens relevantes.

A matéria é o caos da necessidade, eterna mudança do porvir, a devir do mundo ulterior, o homem-pássaro sabe que as montanhas são os abismos ao contrário.

As almas são abismos profundos, subterfúgios na interioridade, composição do homem não podendo mais fugir do inconsciente....

E antes que o dia decaia interpretamos o que seria feito do mundo...

O mundo como um caos das necessidades e dos desejos inconstantes,

esse ainda é o mundo humano.

(Poeta das Almas)

Fernando Henrique Santos Sanches

Fernando Febá
Enviado por Fernando Febá em 24/03/2013
Reeditado em 10/07/2018
Código do texto: T4204981
Classificação de conteúdo: seguro