ABISMOS E MONTANHAS
A alma é um abismo profundo, temos que descer para vermos o mundo.
Como o homem pode querer sondar o Universo, se desconhece os seus próprios abismos. Não conhecemos o mundo, nem os abismos profundos da alma; há animais não encontrados vivendo nos abismos inexplorados pelo ser humano.
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O abismo não revela a luz, ela se desfaz no inconsciente, na miragem dos sentidos da visão do umbigo do mundo.
Profundo intocável é o seu silêncio, insolvável no infinito tão belo e assustador de suas paragens relevantes.
A matéria é o caos da necessidade, eterna mudança do porvir, a devir do mundo ulterior, o homem-pássaro sabe que as montanhas são os abismos ao contrário.
As almas são abismos profundos, subterfúgios na interioridade, composição do homem não podendo mais fugir do inconsciente....
E antes que o dia decaia interpretamos o que seria feito do mundo...
O mundo como um caos das necessidades e dos desejos inconstantes,
esse ainda é o mundo humano.
(Poeta das Almas)
Fernando Henrique Santos Sanches