Tristezas de um Ribeirão

O ribeirão adormecido,

manso,

tranquilo,

acordou em meio a um pesadelo.

Triste descrevê-lo

enfurecido,

devorando margens,

árvores indefesas,

plantações de tomates-cereja.

Invadiu casas,

destruiu sonhos:

perdeu-se do curso traçado

percorrendo um caminho bisonho.

Depois de tantos estragos

o ribeirão desaguou:

refez-se transparente e piscoso

assim que a chuva passou.

 

Rogoldoni

16 11 2012



Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 22/11/2012
Código do texto: T3998500
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