Natural

E nessa ventura sem fim

Bonança, mansidão e calmaria

No acinzentar do novo dia

O frio do céu fechado, calado.

Rebate a arte em verso livre que

Consiste em navegar em celulose,

Pomposo gesto nobre de criar.

Gotas caem ao chão seco

Ventos médios sopram os arvoredos

A pena corre o espaço branco.

Completam os pensamentos as letras

Juntam-se os pupilos a aprender,

Entre quatro paredes, os versos de

Homens livres, homens dos campos

Dissimulados vivendo nas cidades.

Quero’ embora daqui e o ar respirar.

Ler, escrever e ver a Natureza nua

Sem sons estridentes, recorrentes

Quero deixar a fúria em prol da serenidade

Ver o dia escuro e tempestuoso

Do alto de uma bela montanha

Ter ao lado a pessoa amada e

Também a criação, toda ela.

Cultivar e colher todos os frutos

De se estar livre do temeroso

Dia urbano que me entristece.

Oh, amada Mãe, recolha teu filho

Choroso, necessitado da paz

De teus seios fartos de verde!

Pedro HD Delavia
Enviado por Pedro HD Delavia em 04/10/2011
Código do texto: T3257109
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