a lua

Rasgando o negro véu da noite surge a lua

Eterna musa inspiradora do poeta

Que o acompanha pelas noites solitárias

Com seus intentos rapidamente se entrosa

Somente para ser cantada em verso e prosa.

Lua discreta que desponta sorrateira

E a face oculta da noite vai descobrindo

Com as estrelas tem grande cumplicidade

Flagram juntas o que é feito às escondidas

Enquanto o sol a sono solto está dormindo.

Lua silente, testemunha dos amantes

Ouvidora de suas juras e sussurros

Conhecedora de seus velados segredos

E de seus tantos devaneios incessantes.

Lua que brinca de se esconder do sol

E ao redor da terra gosta de viajar

Lua atraente que o homem busca alcançar

Para um por um de seus mistérios desvendar.

Lua que é tema de inesquecíveis canções

Violeiros por ela são inspirados

Há quem diga que ela acalenta sonhos...

Há que afirme que ela é dos namorados.

Irresistível tomar um banho de lua

Apreciar o belo luar do sertão

Dedilhar a viola enluarada

Deixar a lua se transformar em canção.

Lua que rege, que governa, que domina...

Que embriaga, que inspira e que seduz,

Seja crescente, cheia, nova ou minguante

Seja do ébrio, do poeta ou dos amantes.

Isa Hugay
Enviado por Isa Hugay em 29/09/2011
Código do texto: T3248437