QUE O RIO LEVE OS DESATINOS
Desce o rio caudaloso...
Pendem as flores nas águas espelhando-se,
Contemplo a festa dos passarinhos,
Sobrevoam as águas até os ninhos.
O vento açoita os verdes capinzais,
O gavião recurva aos gritos pela presa,
Nas ondas verdes do capim por um triz,
O vento desnuda na moita a perdiz.
Meu tempo contemplativo demora...
As cenas são mesmo um colírio,
Quero sorrir para vida sem pensar em nada,
Os desatinos deixar levar as águas do rio.