Máquinas sem sentido
"O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos".
Albert Schweitzer
---------------------------------------------------
Onde está a brisa, as florestas e nossas matas?
Onde esta os animais e a doçura do mar?
Hoje parecemos ser mais máquinas do que
propriamente humanos.
Perdemos a sensibilidade humana que Deus
nos deu. Perdemos as sensações, o sabores
das vida e os cinco sentidos que o Pai foi
capaz de nos dar.
Nossos olhos antes janela da alma, não
sabem mais o que é natural, tem fobia as
cores, aos tons de amores, ao realmente
belo. A beleza da chuva, que não mais vemos
como sinal de fertilidade e bênçãos mas sim,
com olhos de engarrafamentos e atraso.
O brilho do luar ou o sol a iluminar, nada tem
mais sentido. Eles nos ofuscam, e não nos leva
mais a refletir sobre a luz que eles fazem irradiar.
Nosso ouvidos detentores dos sons, não ouvem
mais o canto dos pássaros, afinal onde eles estão?
E a melodia suave das ondas do mar? E a sinfonia
do silêncio profundo e majestoso que fala mais
do que qualquer outro som, onde está?
Todos eles se perderam em meio aos ruídos de
construções, buzinas, sons, gritos e ruídos.
Mais afinal acho que fomos nós que nos perdemos.
O toque não é mais na grama molhada nem no
orvalho da madrugada. Tocamos pessoas, mais não
humanos, abraçamos amigos, com o calor da manhã
mas não abraçamos nossos cachorros, gatos
e papagaios. Achamos todos lindos, porém de longe,
longe demais para não nos confundirmos com eles.
Nem a árvore mais suntuosa nem um pequeno beija-flor.
Ali o gigantesco e o minúsculo se tornaram insensíveis e
invisíveis para nós.
Não mais sentimos o aroma das rosas nem o gosto
das frutas, o leite da vaca, nem o doce mel da comeia.
O cheiro agora é podre, e não consigo saber se é do
lixo ou de nós. E o gosto é amargo feito fel, arde
queima e destrói tudo. Vidas, sonhos idéias e ideais.
Destruímos nossos lares, trairmos nossos irmãos,
abandonamos nossos amigos. Hoje somos animais
camuflados de máquinas, apenas um objeto sem emoção,
sem pudor, sem amor, sem sentidos, nem coração.
Antes sermos homens da sociedade, somos da natureza.
Nunca esqueçamos disso...