MEU CRISTO
Meu Cristo do Natal, da Estrebaria,
do Jordão, do Calvário à cruz pregado;
Cristo das invasões que cresce na Bahia;
dos morros, das favelas, do Alagado...
Meu Cristo aqui estamos, em queria
o solo e o lar do pobre, e este, suado,
ganhando o pão dos filhos todo dia.
É demais o desnível, Cristo meu,
e quem te pede é o pai, o avô, sou eu,
permite o rico, nunca o desgraçado.
Olha as crianças deste mundo, Cristo,
apaga o ódio humano, a guerra, a fome,
se não, por que vieste? Sim, é isto!
Garante-nos que és Deus, honra Teu nome.