Devaneio de uma alma perdida
Acho que meu destino
é morrer sozinha...
Em silêncio, quietinha
Num lugar comum a todos
Sem alardes, nem muito barulho
No tom da minha voz
As vezes inaudível,
mas tão doce e feroz
Acho que vai ser Calmaria
Em meio a uma tempestade
E ninguém se quer diria
Que houve tanta intensidade
Não por maldade,
Ou inimizade,
Menos ainda despeito;
É que depois de tanta balbúrdia
Minha voz tem se desfeito.
Em sussuros eu grito
E por olhares me declaro
Mas ninguém mais
Está atento à detalhes
Acho que morrerei sozinha
E não esperarei por ninguém
Torcendo pra não precisar
Ouvir lamúrias no além.