Devaneio de uma alma perdida

Acho que meu destino

é morrer sozinha...

Em silêncio, quietinha

Num lugar comum a todos

Sem alardes, nem muito barulho

No tom da minha voz

As vezes inaudível,

mas tão doce e feroz

Acho que vai ser Calmaria

Em meio a uma tempestade

E ninguém se quer diria

Que houve tanta intensidade

Não por maldade,

Ou inimizade,

Menos ainda despeito;

É que depois de tanta balbúrdia

Minha voz tem se desfeito.

Em sussuros eu grito

E por olhares me declaro

Mas ninguém mais

Está atento à detalhes

Acho que morrerei sozinha

E não esperarei por ninguém

Torcendo pra não precisar

Ouvir lamúrias no além.

Jully Alves
Enviado por Jully Alves em 12/09/2020
Reeditado em 12/09/2020
Código do texto: T7061440
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.