Sobre a Morte

Depois que morremos

A dor dos que ficam

Se transforma em saudades

Assim nos convencemos

Que nosso legado possa não ser ruim

Assim achamos, talvez seja bobagem

Não estaremos vivos para entender

Que a vida flui continua no espaço

E os espaços que deixamos

Serão preenchidos com lembranças

E as lembranças virarão saudades

Efêmera é a vida, tudo é assim

Bobagens ou não, deixamos marcas

E enquanto vivos, vivemos

Das alegrias, momentos bons ou

Da dor e da saudade de outros

E essa lembrança simples

De ter vivido pouco tempo

Não é sentida na partida

Mas mora no coração

No coração dos que ficaram

E as vezes, esperamos tanto de nós

E a sós, vivemos o que sentimos

A vida é finita e bonita

As vezes cinza e tumultuada

Mas nossa jornada segue

Até o último momento

Até o último suspiro

E assim respiro, depois lamento

É difícil falar da Morte

Ela é como uma sala de espera

Onde ficamos aguardando

Que chegue nossa vez

E no final, somos atendidos

Partimos, simplesmente morremos

E o que mais queremos

É poder viver o momento

Pois o tempo de partir chega

E leva com ele, não apenas a vida

Mas tudo que sentimos e queremos

E morremos, sim, isso é fato

Com um pouco de tato

Sabemos que viver é preciso

E morrer é uma necessidade

Morrer é um ato natural

A Morte, toma corpo

Leva o nosso corpo

E tudo que fomos

Se transforma em saudades

Lembranças e as vezes em alguns sorrisos

Pois viver foi preciso e morrer...

Morrer é uma necessidade da vida

Ouvindo a música Epitáfio da banda Titãs

Escrevendo em um momento confuso, sobre coisas confusas

Paulo Raven
Enviado por Paulo Raven em 20/08/2020
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