Sobre a Morte
Depois que morremos
A dor dos que ficam
Se transforma em saudades
Assim nos convencemos
Que nosso legado possa não ser ruim
Assim achamos, talvez seja bobagem
Não estaremos vivos para entender
Que a vida flui continua no espaço
E os espaços que deixamos
Serão preenchidos com lembranças
E as lembranças virarão saudades
Efêmera é a vida, tudo é assim
Bobagens ou não, deixamos marcas
E enquanto vivos, vivemos
Das alegrias, momentos bons ou
Da dor e da saudade de outros
E essa lembrança simples
De ter vivido pouco tempo
Não é sentida na partida
Mas mora no coração
No coração dos que ficaram
E as vezes, esperamos tanto de nós
E a sós, vivemos o que sentimos
A vida é finita e bonita
As vezes cinza e tumultuada
Mas nossa jornada segue
Até o último momento
Até o último suspiro
E assim respiro, depois lamento
É difícil falar da Morte
Ela é como uma sala de espera
Onde ficamos aguardando
Que chegue nossa vez
E no final, somos atendidos
Partimos, simplesmente morremos
E o que mais queremos
É poder viver o momento
Pois o tempo de partir chega
E leva com ele, não apenas a vida
Mas tudo que sentimos e queremos
E morremos, sim, isso é fato
Com um pouco de tato
Sabemos que viver é preciso
E morrer é uma necessidade
Morrer é um ato natural
A Morte, toma corpo
Leva o nosso corpo
E tudo que fomos
Se transforma em saudades
Lembranças e as vezes em alguns sorrisos
Pois viver foi preciso e morrer...
Morrer é uma necessidade da vida
Ouvindo a música Epitáfio da banda Titãs
Escrevendo em um momento confuso, sobre coisas confusas