Esquecer a si e amar o vazio
Oprimente vozes familiares carregam-me até o céu
Pelos braços e nuca, erguem-me até encontrar Deus
Me largam próximo a chegada
Triunfando seu truque com risos malignos
E num bater de asas me dão o adeus sombrio
A pele se aquece e meu coração quer sair pela boca
Pela revoada de morcegos da noite me infiltro
Soterrado no desfiladeiro vulgar com os braços cobertos em sangue
Já deixo de sentir o que queria ou irei querer
"Vamos trocar socos?"
A doce fada com olhos negros e nariz de ponta rosada provoca
"Estou ficando louco?"
Quem sabe, mas hoje irei perder sangue nos punhos desta doce figura
Abrigo-me, abrigo-me dentro da loucura
E meus olhos azuis, verdes e laranjas gritam
Não sou eu aqui, não sou eu aqui
Riam, riam de mim
Mas lembre-se que ainda estou presente
E irei voltar ao controle
Riam, mas lembrem-se
Eu irei voltar tomar o que me pertence
Mesmo que não me lembre o que era
"Saúde a minha queda!"
Já não sei e não sei