A Paz que eu não tenho
Não há sinto, não a encontro
A paz que eu preciso tanto
Parece distante, infinitamente afastada
E hoje que o dia parece feliz
Sinto falta de paz, perdi o encanto
Se ontem o peso do mundo me massacrava
Hoje preciso de um diálogo amigável
Onde eu possa falar dessa dor palpável
E sem rodeios desabafar com um amigo
Parece um dia, onde a felicidade ia chegar
Um dia que estaria entre os que amo
Mas, lá no fundo, dentro do meu ser
Dentro de diversos sentimentos
Não consigo nenhum pouco sossegar
É uma inquietação tamanha
Que não consigo na introspecção calar
A paz, sim, ela me faz imensa falta
E as horas passam e sou assolado pela escuridão
Sim, tenho um lado obscuro, um vale de desolação
E não encontro um ombro amigo
Nem um estranho que queira me escutar
E se a paz continuar assim me faltando
Temo que taças de tristeza venham me embriagar
E talvez na correnteza desses sentimentos
Eu possa desesperadamente me afogar
Talvez você que me leia a essa altura
Tente estender a sua generosa mão
Sem paz temo viajar ao mundo da loucura
E temo mais ainda tirar minha vida como solução
Sei que pode parecer desespero, desilusão
Mas é, é desespero e sincera essa emoção
Sem a paz me invadindo por dentro
A vida me atropela e me mutila com força
Toda paz que eu preciso nesse momento
É paz que que me assossegue os sentimentos
Pois mesmo o dia parecendo feliz
A vida parece que vai de alguma forma acabar
Verdade, a vida acaba e tudo passa
E agora sem significado e sem graça
Eu temo que não consiga sobreviver
E quem sabe com um impulso forte
Eu venha mesmo desistir, que a vida me faça morrer