Morrerei eternamente em suas memórias

Vago pelo mundo olhando para todos os lados,

não a encontro.

Não me perdoo por deixar você ir.

Sinto muito por ser tão pouco.

Como uma flor morta, deito-me e adormeço.

Num sonho aterrorizante você me aparece,

assombrando-me,

confirmando o meu maior medo.

Perdi-a.

Eu a vi numa corda.

Acordei gritando, chorando.

Fiz o mesmo, enforquei-me.

Enforquei-me mil vezes.

Acordei desejando que alguma

dessas vezes fosse verdade,

tornando-me caos neste vasto abismo.

Comigo ficaram apenas suas memórias,

um inferno de memórias.

Uma faca de dois gumes

Atravessa meu coração,

já machucado,

partindo-o em dois.

Morri mil vezes depois que você se foi.

Morrerei eternamente em suas memórias.

Victória Reginna
Enviado por Victória Reginna em 05/04/2020
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