Morrerei eternamente em suas memórias
Vago pelo mundo olhando para todos os lados,
não a encontro.
Não me perdoo por deixar você ir.
Sinto muito por ser tão pouco.
Como uma flor morta, deito-me e adormeço.
Num sonho aterrorizante você me aparece,
assombrando-me,
confirmando o meu maior medo.
Perdi-a.
Eu a vi numa corda.
Acordei gritando, chorando.
Fiz o mesmo, enforquei-me.
Enforquei-me mil vezes.
Acordei desejando que alguma
dessas vezes fosse verdade,
tornando-me caos neste vasto abismo.
Comigo ficaram apenas suas memórias,
um inferno de memórias.
Uma faca de dois gumes
Atravessa meu coração,
já machucado,
partindo-o em dois.
Morri mil vezes depois que você se foi.
Morrerei eternamente em suas memórias.