Clarisse

Um dia após o outro,

espero por nosso encontro .

Algumas noite em claro passei,

com a chegada do sol me deparei.

Em um canto da cela que se tornou nossa sala

lembranças de uma vida agora extraviada.

Labaredas saltam das bordas do porta retratos

apenas comprovando que aqui há um coração despedaçado.

Olhos negros a me observar!

Longas asas que se estendem pelo horizonte

dos impérios do Oriente,

até as grandes nações do Ocidente.

Minhas pernas se movem automaticamente,

gestos ritualístico me levam até a sua frente.

Surpreendo-me com seu rosto pálido,

o fétido alido brota de seus lábios.

Em seus braços eu me entrego extasiado,

sabendo muito bem seu significado.

Aquela dor insuportável seu beijo levara.

“Oh Clarisse!”

Espero que um dia possa me perdoar.

Demetrius de Oliveira
Enviado por Demetrius de Oliveira em 22/01/2020
Código do texto: T6848051
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