Mãos e face
Quando morrer, quero estar mão na face,
Com as mãos assim, como flagro findando domingo,
Como quando choro, reflexiva,
Refletindo as mazelas dos entes,
Em verdade, ferida.
E no retrato que pretendo esboçar,
Estão lá as mãos na face,
Refletindo os desgostos das gentes,
Pensando no quê de gente, ainda posso ter em mim.
Quando morrer, isto seja exato,
As mãos no rosto, e por mais que roto,
Aqui não há alma boa que não leve à face, suas mãos.