AGONIA
Eu ando pelos cantos escuros do meu rosto
Vejo o medo rondando as sombras do meu sorriso
Meus olhos lagrimam ao cair da noite
Corro pelos caminhos nublados e húmidos
Volto e perco, não sei onde estou
Me vejo num labirinto noturno
A chuva e os raios são panos de fundo desse filme
Pulo em águas onde não consigo ver o fundo
Negro Rio de águas sujas
Monstros a espreita me rodeiam
Do fundo a me olhar
Deito em prantos nas noites frias de eterno inverno
Poucos raios luminosos surgem em frestas diurnas
Eternas terças-feiras nubladas
Faltam risos no teu semblante, muita dor em olhos fúnebres