Venha morte/deixe-me viver

Venha morte, venha até mim,

Talvez eu esteja doida querendo que você venha até aqui,

Eu preciso provar seu gosto, e sentir sentir seu impacto.

Me derrube,

Me deite em uma cama de rosas vermelhas,

Eu quero dormir até a eternidade

Quero sentir seu abraço apertado,

Eu sei eu sou a culpada pelo meu fracasso ( não me julgue, não julgue)

Eu não sei ser nada além de mim mesma,

e se não posso ser quem eu sou nesse mundo profano,

Prefiro retirar-me para o mais longe e mais profundo lugar,

onde eu possa navegar em águas profundas enquanto derramo minhas mágoas no oceano.

As palavras ficam presas e eu não consigo dizer nada,

Eu me sinto inútil aqui (''vá arranjar algo pra fazer, vai trabalhar'', eles dizem)

Sabendo que só quem sente o mesmo é capaz de te entender realmente,

mesmo que eles apenas te ignorem,

ignorem os próprios sentimentos deles mesmos

cubram os olhos e ouvidos deles

Você tem que tentar ajudar a si mesmo

Como uma morta viva que caminha na escuridão

eu alimento a minha depressão com pensamentos suicidas

histórias completas em versões vazias

eu quero provar da morte impertinente,

ainda assim quero prova-la, eu luto para enfrentar meus medos,

alguns ainda fazem-me sufocar,

e outros estão se distanciando do meu eu obscuro,

mas eu quero gritar, porém já estou gritando por dentro

Eu me esquivo e tento esconder o que eu vivo dentro,

profundamente em mim,

Eu vivo e respiro, mas fico sem ar

e tremo quando o nervosismo me vem,

Não consigo dizer o que eu sinto,

pois cansei de tentar dizer o que ninguém ao meu redor pode entender

Venha morte, mate apenas minhas tristezas e deixe-me viver.

Silent Alice
Enviado por Silent Alice em 17/09/2019
Reeditado em 17/09/2019
Código do texto: T6747320
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