Venha morte/deixe-me viver
Venha morte, venha até mim,
Talvez eu esteja doida querendo que você venha até aqui,
Eu preciso provar seu gosto, e sentir sentir seu impacto.
Me derrube,
Me deite em uma cama de rosas vermelhas,
Eu quero dormir até a eternidade
Quero sentir seu abraço apertado,
Eu sei eu sou a culpada pelo meu fracasso ( não me julgue, não julgue)
Eu não sei ser nada além de mim mesma,
e se não posso ser quem eu sou nesse mundo profano,
Prefiro retirar-me para o mais longe e mais profundo lugar,
onde eu possa navegar em águas profundas enquanto derramo minhas mágoas no oceano.
As palavras ficam presas e eu não consigo dizer nada,
Eu me sinto inútil aqui (''vá arranjar algo pra fazer, vai trabalhar'', eles dizem)
Sabendo que só quem sente o mesmo é capaz de te entender realmente,
mesmo que eles apenas te ignorem,
ignorem os próprios sentimentos deles mesmos
cubram os olhos e ouvidos deles
Você tem que tentar ajudar a si mesmo
Como uma morta viva que caminha na escuridão
eu alimento a minha depressão com pensamentos suicidas
histórias completas em versões vazias
eu quero provar da morte impertinente,
ainda assim quero prova-la, eu luto para enfrentar meus medos,
alguns ainda fazem-me sufocar,
e outros estão se distanciando do meu eu obscuro,
mas eu quero gritar, porém já estou gritando por dentro
Eu me esquivo e tento esconder o que eu vivo dentro,
profundamente em mim,
Eu vivo e respiro, mas fico sem ar
e tremo quando o nervosismo me vem,
Não consigo dizer o que eu sinto,
pois cansei de tentar dizer o que ninguém ao meu redor pode entender
Venha morte, mate apenas minhas tristezas e deixe-me viver.