Ao teu caminho

A noite que se aproxima

As cinzas da chuva matutina

O frio que aquece o corpo

O suspiro que leva a vida

O abraço gélido

Que não posso teimar

Em negar, por medo vulgar

A ultima chama à me esquentar

Não há mais léguas de distancia

Que separe o nosso olhar

Não há mais tempo para que eu enfrente

Os sinais do teu chegar

Quando inspiro que parto

Parto em alegria

Mas quando olho pro quarto

Meu peito enche de agonia

Então que eu parta de pé

Sem esperar a tua chegada

Pois á ti caminho

Procurando minha desgraça

Mas espere!

Por um momento

Antes do arrependimento

Pois a ti chegarei como um rei

E não como um cadaver

Não temo, não por falta de medo

Mas porque desejo

Apresentar-me melhor

Para da Dama de Negro