MORRESTE

Tão pouco sabes que morres lentamente
Quando negligência o presente em vista do que sente e teme
Cortas as asas que te fazem voar
Mergulhando assim no oceano sem ar

Morre quando sentencia a vida
Na fantasia que não invade a rua
Sem espelhos não miras tua sombra
E no negro lume se decompõe.

Em tuas vestes o desamor odoriza o tempo
Sem saber o que era sentimento
Proferiu seu lamento
Sem platéia, sucumbiu ao tempo.