A morte de um poeta

Perambulo dentre a sinuosa escuridão,

Abandonado feito cão sem dona.

Nem o clamor do meu coração,

Sequer encontrou aquela insana.

Não há rimas, nem a cândida pureza

Que devolva a ternura de meu olhar

Mergulhado no vale da solidão;

Ou que venha impedir minh'alma

Despencar nas profundezas

De um abismo de versos

Desfalecidos de sentimentos.

(25/02/2003)

Valtencir de Oliveira Ferreira
Enviado por Valtencir de Oliveira Ferreira em 19/03/2019
Código do texto: T6602055
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.