A morte de um poeta
Perambulo dentre a sinuosa escuridão,
Abandonado feito cão sem dona.
Nem o clamor do meu coração,
Sequer encontrou aquela insana.
Não há rimas, nem a cândida pureza
Que devolva a ternura de meu olhar
Mergulhado no vale da solidão;
Ou que venha impedir minh'alma
Despencar nas profundezas
De um abismo de versos
Desfalecidos de sentimentos.
(25/02/2003)