O PODER DA MORTE
Ela veio sorrateira da escuridão da noite
E no meio das pessoas se infiltrou
O seu esconderijo não mostrou
Sua marca registrada: uma simples foice
Conseguiu aqui muitos seguidores
Que fazem muitos trabalhos por ela
Desvirtuam o bem, deixam a mazela
Causam tristezas, muitos horrores
Tem um poder por demais incontestável
Não só na noite, mas também no dia
Caminha entre nós como uma vadia
A enganar o homem, esse ser mutável
Seu nome é bem conhecido, é a morte
Seu desejo é torpe, é abreviar a vida
Leva para si toda pessoa perdida
Aquele cristão que não teve muita sorte
A morte oferece poder e riqueza
Deixa a vítima sob o seu domínio
Espera então um pequeno declínio
Implantando com vigor a avareza
O mal se instala, a moral se degrada
O ser humano se acha um deus
Não respeita nem os seus
Para ele só a vida de prazer agrada
Nós podemos porém fugir dela
Usando apenas o bem como escudo
O que ela muito detesta, e isso é tudo
Então tornemos a vida bela
Vamos sorrir, precisamos de amor
De muito amor para ferrar a morte
Fazer com que ela não mais suporte
Viver causando somente a dor