Súplica
Eu que nunca fui de rezar, me pego clamando
Suplicando misericórdia
As vezes não me reconheço
Estou presente de corpo
E com a alma no inferno
Me sinto fragmentada
E cada pedacinho é sofrimento
A gente conversa com tanta gente
Mas não é escutado
Perece uma voz muda
Que nunca diz o que precisa dizer
Sinto saudade da minha infância
Pena ser um passado no qual não posso residir
Lá tinha pirulito
Tinha pipa solta no céu
Eu sorria
Que pena que a gente cresce!
E a cada dia padece
E no meu caso enlouquece
Por excesso de consciência