Fero.

Geena fero de fado medonho

Esmera meu ser na cova profunda

Bacântica como uma prostituta

Tanto que devora vossa língua!

Enfeita o corpo na duna trovada

No dengo da alma que sofre sozinha

Afundando o vento delirante

No apascento vício odiado!

Polcas na tua boca que anseia

A doma do poeta entristecido

À voz dum moribundo seboso!

Sê, umedece o meu coração

A brisa que senti o expurgar

À vespa d'um corpo amaldiçoado!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 26/10/2018
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