LUMINARIA
Era lampejo de dor
e lamúria
Era um punhado de ódio
e a fúria
e não havia sequer
um resquício
de luz
-SILÊNCIO!!!
Ela disse.
Enquanto as sombras dançavam
Era um eco
do peso da dúvida
Um presságio recitando a súplica
de uma lâmina que brilha
e seduz
-Silêncio?
Questionava.
Quando as Sombras cessaram
Afinal
Há sabor no crepitar do ego vazio
Toda a mágoa termina no fio,
de toda a emoção
que se afia em navalha.
-eram passos?
-era a porta?
E no final
todo o tédio culmina no frio,
toda a intenção de salvar-se é vil
quando a solidão
vai tecendo a mortalha.
- ficam os rastros.
- pouco Importa.
Na moldura o detalhe em azul
dá destaque ao pequeno abajur
fractal que se fez...
...Luminária.