Coruja.
a coruja chirria no alto
mais uma noite de ruído e perseguição
uma alma acaba de partir
e só resta a tristeza da dor!
e há momentos nesta carniça
onde o tempo cobra o desaforo
acomodando os goles do enfermo
bem como as flores na sua sepultura!
quanto a sombra bela e traída
num corpo, tornando-se, passiva
sai pelo alto desajustada.
de boca em boca, se esvazia
e não se têm, o próprio universo
por perdão, afecção, nossa evolução!