Não Importa

Não importa quanto tempo passe, quantos acontecimentos positivos aconteçam, quantas lágrimas sejam derramadas, quantos cortes sejam feitos, quantos objetos sejam jogados na pessoa que amamos, quantas tatuagens, quantos cortes de cabelo, quantos comprimidos sejam tomados, quantos conselhos sejam dados, quantas viagens, quantas vezes seja dito “eu te amo” ... tudo isso não importa quando ela vem.

Ela fica a espreita.

Eu sou a presa.

Tão fácil, um alvo tão óbvio.

Os lapsos de felicidade são como lembranças as quais acabam em algum momento, aí vem a morte. Sempre achei que morrer fosse uma saída, um modo de encontrar uma felicidade depois da vida, mas ultimamente sei que morrer é triste, é frio, é vazio, mais ainda vazio. Não é uma saída. Eu penso na morte, mas não me satisfaz. E agora penso “como vai ser, se a morte não vai passar isso tudo aqui?”. É meramente estupido pensar na morte quando já estou morta.

Emanuela V Araújo
Enviado por Emanuela V Araújo em 20/03/2018
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