Duas Centelhas.
Peste que no corpo se alastra
Vós sois o inferno sobre nós desmerecida
E cá, tenho gritos de dor na medula
Num tanto quanto devastadora.
Vida que amanhece sem alegria
Bem como a foice natimorta
Jorra sangue neste solo árido
Para fundir-se pelo céu cristalino.
Bem dita, são as vozes primícias
E o dever de vossa sepultura
Acautelando-se, se assim prevalecer!
Cá vão próximas duas centelhas
E o meu sofrimento vespertino
Feroz, na boca dum cão perdido.