SÚBITO
Todas as sombras me seguem,
De todas as manhãs perdidas,
Horas vazias sem reflexo,
Imagem em névoa,
Distorcida.
Os anos do vidro em época de aço,
O meu retrato vago
No reflexo do espaço.
De longe pergunto de Deus
E na mata distante um raio
Sacrifica um carvalho.
Tão alta a queda que transcende
Os limites do riacho.