Elegia Plácida

A morte é o ser cativo

Na tabacaria de qual sou freguês

Dona por fim uma única vez

Das flores pestilentas

De cheiro e odor

Senta-se a beira da calçada

Olhando os carros atrasados

Esta nas pontas dos prédios

No zumbido dos estudos

Nos inícios que se findam

A morte é um ser cativo

É o mais velho inquilino

Do medo dos homens

Presente na ausência

De tudo

A morte é a nossa anistia

Graça insólita euforia

De lamento arrastado

Dentro o esboço de areais

No fundo do jazer

Victor Leonardo
Enviado por Victor Leonardo em 24/07/2016
Código do texto: T5707671
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