A décima sexta

No momento em que meus olhos se abriram,e o sol bateu forte em meu rosto,

meus pés estavam sujos de lama,e minhas mãos cortadas juntavam os cacos do que foi uma garrafa anteontem.

Carreguei na mochila o tempo que foi preciso.

O peso não chegou a incomodar.

Mas quando precisei,ah...

Como foi doce ver seu sangue gotejando sobre a terra árida.

Meus olhos se extasiavam,brilhavam e sentiam-se imensamente satisfeitos.

A dor pouco pudera ser sentida.

Um golpe rápido.

Retiro o último caco cravado em minha pele.

Meu pior monstro morrera na noite anterior.

Eu o matei.

Me vinguei,

por todas as dezesseis vezes que se fizera presente.

Yngrid Bitencourt
Enviado por Yngrid Bitencourt em 19/05/2016
Código do texto: T5640424
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