Tempo

Eu sou a flor de cacto

Nascida do deserto

Crescida pela pobreza

Dos teus ventos secos

E murmúrios de dor

Eu sou o pássaro que sai da ninhada tardia

Que voa e voa

Sou a fera medonha

Que mata e mata

Miserável, nasci com sorriso de primavera.

Triste aquela noite de sangue

O anjo provou ser real

A criatura

Sou fruto do amor...

E alimentado pelo ódio...

Posso morrer e matar

Encantam-se esses versos

Por isso olhe para fora

E ousa com atenção as batidas do teu coração

Não tenhais medo esse é também o meu

Veja...

É por entre nuvens teu rosto.

Se preocupe, esse é o meu.

Sou a brisa que acaricia teu rosto

Esvaecido de chorar

Sinta como toco sua pele

Manchada pelo tempo

Olhe na margem do lago a sua frente

Esse que está vendo sou eu

É você...

Somos nós!

Incubbus
Enviado por Incubbus em 17/04/2008
Reeditado em 20/04/2008
Código do texto: T949727