SEM O FIO DA MEADA
Torrencialmente, cai a chuva, de um céu sem nuvens
A maré leva o mar para além da linha do horizonte
O liquido azul se perde, nos retos confins do mundo
Peixes flutuam alados num abismo de água vazante
As curvas tornaram-se retas que não são infinitas
Toda linha liga a um novo carretel e embaraça idéias
Encurtou-se as distancias, mas o perto ficou longe
Descosturo cortinas ilusórias, fico sem o fio da meda
Ando, entre base vezes altura, desse imenso quadrado
Oxigênio rarefeito chega carbonizado a meus pulmões
...Deixando-me Drogado
Acordo assustado, luas e um sol, giram sobre o telhado.