DELÍRIOS
Delírios do que vós sóis feitos?
Senão dos meus amores
Impossíveis
E desfeitos
Que se despedaçaram no ar
Mas em ti,
Somente em ti
Eles se refazem
E no descompasso dos sonhos
Se põem a voar
Delírios, Delírios
Imuniza-me da dor
Que me põe a queimar
Embala-me
Na sua diáfana teia
Feita de febre
A arder em meu coração
Que ingenuamente
Não para de sonhar