DECLARAÇÃO FRENÉTICA
Passamos pela vida
de peito aberto
Corações rasgados
no pulsar frenético
Incomunicáveis
pelo medo de arriscar
Sob à pena
de perder a liberdade,
Tolo engano,
quando na verdade,
O que resta é o fruto
das causas não ditas.
É libertário acreditar...
...em liberdade
Ainda que esta esteja
condicionada
Aos poros do tempo
dos nossos tempos
Anseios perturbados pelo ambiente
numa entrada aparente
De puro suco da alegria
Onde não se almeja libertar.
Fractais da escrita
é o que concebi
prontamente animado
pelo anseio inescrupuloso
de quebrar
todas as correntes,
que, entrementes,
não quebrei.
E para ser livre do que apego
Solto das amarras
Que o tempo me impôs,
e eu impus a mim,
num calvário intenso
De ilusões incendiárias
em tintas de canetas flamejantes.