Nunca me abandone, mas não quero te ver aqui
Queria entender
O que é verdade e o que é mentira, esperança ou agonia
Não tenho um porquê
Mas, porque simplesmente todo dia me anestesio da alegria
Aqui sem você
Não que um mal existiria, apenas não me conformaria
Em tentar ignorar e ver duas vidas, duas ideias
Uma história triste, a mesma novela
E a melhor das minhas fantasias
Eu e você, minha utopia
Uma interseção de duas visões
Meu paraíso com meu pesadelo
Eu encontro em você, não posso acreditar
Cada palavra uma encruzilhada
Eu vejo a chuva e a tempestade
De um mundo cinza e decadente
Apenas tente visualizar
Nossa história desintegrar
Amputando cada lembrança
E desmanchando cada marca de saudade
Um quarto escuro e eu no canto
Sentado assustado, completamente parado
E veja, simultaneamente, as folhas de outono
O cheiro de flores e belezas e sonhos
Um mundo onde em sua plenitude
Seus olhos se encontram nos meus e vejo renascer
Antes era apenas a morte ou o renascimento
Agora são dois sentimentos paralelos ao te ver
Quem dera soubesse de fato compreender
Como dois mundos colidem no instante de uma palavra sua
Amor e ódio, plenitude e queda
A paz do meu mundo declara ao mundo guerra
Eu choro rindo da piada engraçada
Que é este paradoxo em mim sem graça
Por via das dúvidas, não digo nada...